É assombroso este amor que se consome nas distâncias.
Que vive das horas, dos dias, de um tempo castigador.
Um amor que vive da eternidade e da distância.
Mesmo desconhecendo quanto mais tempo será preciso para encurtar esse caminho. Tanta lonjura.
O que eu não quero é morrer na imensidão desse tempo.
Ficar prisioneira de uma decisão que nunca se irá tomar.
Ver maltratado o amor que sinto. A profundidade do que sinto.
Ver-te abandonado ao que foste antes de mim. Lembra-te da dor.
Porque se um dia eu já não quiser esperar,
Não quiser correr tantas horas e tantos dias,
Se já não quiser cansar estas pernas movidas por tanto amor,
Se já não permitir abrir feridas pela ilusão de um futuro que não existe;
Nesse dia saberei que já não vou querer esperar.
Já não vou ter pressa para chegar a lugar algum.
Não terei pressa de ser abandonada a um peito vago.
Não vou esperar por alguém que sei que não virá.
Se um dia eu não quiser este nosso grande amor,
Estranha apenas que eu tenha desistido de me deixar magoar,
Tantas horas, tantos dias, tantas esperanças depois.
Estranha apenas o estranho que foi não teres pressa de me amar.
Senti um arrepio. Quem lhe deu ordem para entrar na minha cabecinha, hum? ;)
ResponderEliminarna mouche...
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