Tesouros e clichés impossíveis de esquecer:
- O grupo barulhento de emigrantes que se atropelam entre “voilás” e “caragos”;
- O senhor que insiste em usar a tanga de lycra de 1985 com o seu corpo “Verão 2011”;
- O casal de namorados adolescentes que, à boleia de umas férias com os pais dela, inibem a libido por baixo de uma toalha;
- As crianças que choram e gritam e berram entre as 10:00 e as 18:00 (talvez devessem ir para casa dormir a sesta);
- O casal de quarenta anos que não troca palavras além do “vamos embora?”;
- O casal de 60 anos, feliz, que tagarela o dia todo sobre os dramas do Sudoku e os problemas que o chapéu de sol vai dando;
- As adolescentes de corpos indecentes que se bamboleiam pela praia como se estivessem numa montra de cupcakes;
- O homem gordo, de peito peludo, com um rosário de plástico ao pescoço e uns brincos “fake” à Cristiano Ronaldo;
- A boazona que passa óleo pelo corpo até à exaustão;
- A mulher gorda que exibe, feliz, o biquíni mais pequeno que encontrou na loja dos chineses;
- O rapaz tatuado que passa o dia ao telemóvel a dizer “iá!”;
- A mulher que escraviza o marido, todo o santo dia, com demandas: “estica a toalha; agarra-me os chinelos; põe-me creme; arruma a roupa;...”;
- O marroquino que vende relógios automáticos topo de gama mas usa no seu pulso um digital dos anos 90;
- A senegalesa que não baixa 10 cêntimos no preço dos brincos porque “São de plástico. São muito bons”;
- O giraço que, em vez de olhar para a estampa de namorada que tem a seu lado, gala todas as miúdas da praia que lhe passam pela vista;
- Os dois casais gay estendidos à beira-mar, numa exfoliação corporal com areia enquanto soltam risinhos agudos.
Uma praia Portuguesa com certeza!
ResponderEliminarOs pobres também têm direito a rebolar o corpo molhado pela areia, tipo croquete tal como os ricos. Só que estes fazem-no noutras praias, falam baixinho, as crianças não berram, os homens usam quase todos calções com riscas, as tias, vestidos próprios para a ocasião que não despem por causa da celulite, pinturas à prova de água e outras mordomias que disfarçam as gorduras, os pelos do peito e os maus tratos que infligem aos maridos. Comportam-se quase todos da mesma maneira, normalmente o mais abastado serve de padrão, colorido a menos e snobismo a mais.
Eu não mudava de praia!
E já agora, a menina teve tempo para tomar banho?
A distinção entre comportamentos de ricos e pobres dará, com certeza, tema para outro texto. A praia onde estou tem de tudo e não consigo concluir que os parolos sem recursos se tenham portado pior que os mais abastados. Pelo contrário! Vi muita gente, com pinta de ter dinheiro, onde a educação escasseava.
ResponderEliminarQuanto aos banhos... muitos e bons... mas confesso que estive sempre de olhos bem abertos, que a minha curiosidade é maior que eu.
Também há os observadores, daqueles bons.
ResponderEliminarParabéns.
Obrigada! Espero, a partir de agora, visitas assíduas :)
ResponderEliminarfoste tão cusca estas férias...
ResponderEliminarE o melhor ainda estará para vir :) Lá para o Natal, quando já ninguém se lembrar.
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