[Eu disse que voltaria a este assunto e ao dia do meu espetáculo de ballet. Mas isto é coisa demorada. Deixei assentar as emoções para pode falar disto sem "saudosismos bacocos", como uma vez me acusaram de fazer. Um dia também hei-de falar sobre isso.]
Aos trinta e três anos achei que sim, que era a altura certa para aprender alguma coisa nova: porque não ballet?
Hoje sei, depois de oito meses de aulas, que não se aprende ballet com esta idade. Pode sonhar-se com isso, a pessoa pode gostar, esforçar-se, pode até ter uma queda, uma vocação que desconhecia e potenciá-la, mas jamais aprenderá ballet. Nem lá perto. Junte-se à inexperiência e à idade, o facto de eu ser a mais baixa e a mais pesada e está-se mesmo a ver que isto tinha tudo para correr mal.
Quanto mais penso no que me fez, de facto, iniciar-me no ballet com esta idade num grupo cuja média de idades ronda os dezoito anos, menos consigo encontrar uma justificação, uma razão, válida ou sem validade. Creio que me fico ali mesmo pela questão de querer fazer alguma coisa nova e que me desafiasse. Objectivo cumprido.
Há umas semanas tive o meu primeiro espectáculo. Uns dias antes ensaiámos oito a nove horas seguidas e, de repente, ali estava eu, num palco, com luzes, muitas horas de ensaio, muitas dores no corpo, 5 litros de água por dia, absoluto controlo alimentar, muitos joelhos fodidos (desculpem mas nem encontro outro termo) e muitos pés lixados/queimados. Ainda estão. Não sei se algum dia os irei recuperar. Muito desespero. Muitas brancas nas coreografias e muitos momentos em que parecia que já sabia tudo. Ia para casa e no dia seguinte já não sabia nada.
Passei o tempo a lembrar-me daqueles concursos de dança em que eu não percebia porque é que aquela gente dava ao cu dois minutos e saíam dali a arfar, a suar em bica, a dizer que perderam 10kg numa semana, que foi a coisa mais dura que fizeram na vida, blá, blá, blá... e eu só pensava: "foda-se, esta gente não sabe o que é trabalhar, porque se soubessem não se queixavam tanto por dar ao caneco uns minutos e saírem dali a parecer que acabaram de parir o capeta. Cambada de aldrabões e preguiçosos". Pois bem, a minha vida profissional não é isto. Eu passo boa parte do meu dia sentada, com o nalguedo bem refastelado numa cadeira e os cotovelos apoiados numa mesa e os olhos colados a um ecrã. Literalmente de um dia para o outro, meto-me nesse mundo obscuro de tomar conhecimento da minha anatomia e, ainda hoje, estou a absorver o choque de conhecer coisas que eu não sabia que existiam em mim, no meu corpo. Parabéns àquelas senhoras e senhores que vão dançar para a televisão com aqueles vestidos feitos de material inflamável durante aproximadamente 35 segundos e sobrevivem. Hoje sei que precisaram descer ao inferno para o conseguirem fazer sem não mandarem ninguém pró caralho três vezes, só naquela de desanuviar.
Mas, questões dolorosamente físicas à parte, fiquei a conhecer outras coisas em mim para além das coisas do corpo. Fiquei a conhecer coisas heroicas. Coisas novas. Conheci aquilo que me levou ao ballet mas eu ainda não sabia, e foram imensas coisas. A superação. A resiliência. A conquista. A conquista, sobretudo da maturidade, o ter percebido que cheguei aqui. Que já sou uma mulher. Que já me encaro, que não tenho vergonha de muitas coisas que tinha e, sobretudo, que deixei para trás a necessidade do protagonismo. Quando estamos com um grupo de adolescentes percebemos melhor isso, e como essas lutas acontecem mais duramente nessa fase da vida. Já não estou lá. Já estou aqui.
No dia do espectáculo, antes de sair de casa para o último ensaio geral e para o espectáculo propriamente dito, abati-me. Chorei descontroladamente. Depois deixei-me de pieguices e lá fui para o ensaio. Só me apetecia desistir e chorar e ir a correr para casa. Depois parei ali dois minutos para estar sozinha comigo e perceber o que se estava a passar. Bom, e na verdade, percebi que se passavam muitas coisas.
Primeiro, creio que me caiu a ficha e percebi na alhada que me tinha metido e na vergonha que ia passar e na humilhação pública em que eu própria me tinha metido. As coisas não podiam correr bem porque, verdade seja dita, ninguém, nem o mais dotado dos seres, em oito meses aprende a ser bailarino, portanto, era certinho que mal ia correr. Mais valia ultrapassar isto e continuar porque já era tarde para voltar atrás.
Segundo, fiquei extremamente insegura em relação ao meu corpo e ao meu aspecto metida num maillot e tutu brancos. Era demasiada informação visual, se é que me entendem. Por alguma razão fui a última a vestir-me e a sair do balneário e só me apetecia morrer antes de entrar em palco. Mas não aconteceu e eu lá tive de ir com três barrigas e cinco mamas e ao fim de cinco minutos de jogo já tinha os imaculados collants cor-de-rosa cheios de sangue nos joelhos. Uns dias depois, quando vi uns vídeos, percebi que esse era o menor dos males e que eu estar em cima do palco era, esse sim, o maior dos erros cometidos naquele espetáculo.
Terceiro, e esta questão pesou, por mais que eu tivesse desvalorizado a minha conquista pessoal, sabia que ia ter muito poucas pessoas amigas junto de mim naquele momento. Pessoas que me eram importantes não iam estar. Não puderam estar. Outras talvez nem tenham feito grande esforço por estar. Isso abateu-me. A conquista pode ter sido pequena (depois de ver os vídeos percebo que foi minúscula) mas naquele dia pareceu-me a escalada do Evereste e eu queria que todos vissem e aplaudissem a minha conquista.
Naqueles segundos antes de entrar no palco lembrei-me de um ou dois rostos e tremi o lábio. Tornou-se mais duro prosseguir.
Quando o espetáculo, finalmente, terminou, ali mesmo, no palco, desfiz-me em lágrimas. Parecia uma prima ballerina, em fim de carreira, que havia sido acabada de aplaudir pela sua última divina apresentação. Comovida até à alma por tantos e tantos anos entregues à dança, ao ballet, por ver ali terminada uma vida vivida sob um mesmo guião. Que mente tão manhosa tenho eu. Chorei agarrada ao peito, na escuridão do pano que cobria o palco, nem sei bem em honra de que emoção. Mas chorei muito. Creio, à distância do tempo que já passou, que chorei porque nem eu acreditava em mim. Não foi de alívio. Não foi de pânico. Nem de tristeza por ter terminado. Chorei porque, porra, consegui.
Depois corri para o conforto daqueles poucos amigos que puderam ir. E voltei a chorar com eles. Penso que, eles sim, choraram de vergonha. Vá, estou a brincar.
Perdi a foto de grupo com as restantes colegas de ballet, aquelas que têm idade de ser minhas filhas, aquelas que me deram lições geracionais que me julgava indisposta a aprender mas que, afinal, levarei como das mais importantes para a vida. Afinal aquela geração não está assim tão parva e perdida como eu achava ou então é o ballet que faz as pessoas diferentes.
Quando penso em qual foi a coisa mais bonita que fiz por mim, sei que foi aprender ballet.
Sei que muita gente não compreenderá, sei que terei vergonha de o verbalizar se algum dia me o perguntarem mas, pensando apenas para dentro de mim sei, que a coisa mais bonita que fiz por mim, foi aos trinta e quatro anos ter ido aprender ballet.
Aos trinta e três anos achei que sim, que era a altura certa para aprender alguma coisa nova: porque não ballet?
Hoje sei, depois de oito meses de aulas, que não se aprende ballet com esta idade. Pode sonhar-se com isso, a pessoa pode gostar, esforçar-se, pode até ter uma queda, uma vocação que desconhecia e potenciá-la, mas jamais aprenderá ballet. Nem lá perto. Junte-se à inexperiência e à idade, o facto de eu ser a mais baixa e a mais pesada e está-se mesmo a ver que isto tinha tudo para correr mal.
Quanto mais penso no que me fez, de facto, iniciar-me no ballet com esta idade num grupo cuja média de idades ronda os dezoito anos, menos consigo encontrar uma justificação, uma razão, válida ou sem validade. Creio que me fico ali mesmo pela questão de querer fazer alguma coisa nova e que me desafiasse. Objectivo cumprido.
Há umas semanas tive o meu primeiro espectáculo. Uns dias antes ensaiámos oito a nove horas seguidas e, de repente, ali estava eu, num palco, com luzes, muitas horas de ensaio, muitas dores no corpo, 5 litros de água por dia, absoluto controlo alimentar, muitos joelhos fodidos (desculpem mas nem encontro outro termo) e muitos pés lixados/queimados. Ainda estão. Não sei se algum dia os irei recuperar. Muito desespero. Muitas brancas nas coreografias e muitos momentos em que parecia que já sabia tudo. Ia para casa e no dia seguinte já não sabia nada.
Passei o tempo a lembrar-me daqueles concursos de dança em que eu não percebia porque é que aquela gente dava ao cu dois minutos e saíam dali a arfar, a suar em bica, a dizer que perderam 10kg numa semana, que foi a coisa mais dura que fizeram na vida, blá, blá, blá... e eu só pensava: "foda-se, esta gente não sabe o que é trabalhar, porque se soubessem não se queixavam tanto por dar ao caneco uns minutos e saírem dali a parecer que acabaram de parir o capeta. Cambada de aldrabões e preguiçosos". Pois bem, a minha vida profissional não é isto. Eu passo boa parte do meu dia sentada, com o nalguedo bem refastelado numa cadeira e os cotovelos apoiados numa mesa e os olhos colados a um ecrã. Literalmente de um dia para o outro, meto-me nesse mundo obscuro de tomar conhecimento da minha anatomia e, ainda hoje, estou a absorver o choque de conhecer coisas que eu não sabia que existiam em mim, no meu corpo. Parabéns àquelas senhoras e senhores que vão dançar para a televisão com aqueles vestidos feitos de material inflamável durante aproximadamente 35 segundos e sobrevivem. Hoje sei que precisaram descer ao inferno para o conseguirem fazer sem não mandarem ninguém pró caralho três vezes, só naquela de desanuviar.
Mas, questões dolorosamente físicas à parte, fiquei a conhecer outras coisas em mim para além das coisas do corpo. Fiquei a conhecer coisas heroicas. Coisas novas. Conheci aquilo que me levou ao ballet mas eu ainda não sabia, e foram imensas coisas. A superação. A resiliência. A conquista. A conquista, sobretudo da maturidade, o ter percebido que cheguei aqui. Que já sou uma mulher. Que já me encaro, que não tenho vergonha de muitas coisas que tinha e, sobretudo, que deixei para trás a necessidade do protagonismo. Quando estamos com um grupo de adolescentes percebemos melhor isso, e como essas lutas acontecem mais duramente nessa fase da vida. Já não estou lá. Já estou aqui.
No dia do espectáculo, antes de sair de casa para o último ensaio geral e para o espectáculo propriamente dito, abati-me. Chorei descontroladamente. Depois deixei-me de pieguices e lá fui para o ensaio. Só me apetecia desistir e chorar e ir a correr para casa. Depois parei ali dois minutos para estar sozinha comigo e perceber o que se estava a passar. Bom, e na verdade, percebi que se passavam muitas coisas.
Primeiro, creio que me caiu a ficha e percebi na alhada que me tinha metido e na vergonha que ia passar e na humilhação pública em que eu própria me tinha metido. As coisas não podiam correr bem porque, verdade seja dita, ninguém, nem o mais dotado dos seres, em oito meses aprende a ser bailarino, portanto, era certinho que mal ia correr. Mais valia ultrapassar isto e continuar porque já era tarde para voltar atrás.
Segundo, fiquei extremamente insegura em relação ao meu corpo e ao meu aspecto metida num maillot e tutu brancos. Era demasiada informação visual, se é que me entendem. Por alguma razão fui a última a vestir-me e a sair do balneário e só me apetecia morrer antes de entrar em palco. Mas não aconteceu e eu lá tive de ir com três barrigas e cinco mamas e ao fim de cinco minutos de jogo já tinha os imaculados collants cor-de-rosa cheios de sangue nos joelhos. Uns dias depois, quando vi uns vídeos, percebi que esse era o menor dos males e que eu estar em cima do palco era, esse sim, o maior dos erros cometidos naquele espetáculo.
Terceiro, e esta questão pesou, por mais que eu tivesse desvalorizado a minha conquista pessoal, sabia que ia ter muito poucas pessoas amigas junto de mim naquele momento. Pessoas que me eram importantes não iam estar. Não puderam estar. Outras talvez nem tenham feito grande esforço por estar. Isso abateu-me. A conquista pode ter sido pequena (depois de ver os vídeos percebo que foi minúscula) mas naquele dia pareceu-me a escalada do Evereste e eu queria que todos vissem e aplaudissem a minha conquista.
Naqueles segundos antes de entrar no palco lembrei-me de um ou dois rostos e tremi o lábio. Tornou-se mais duro prosseguir.
Quando o espetáculo, finalmente, terminou, ali mesmo, no palco, desfiz-me em lágrimas. Parecia uma prima ballerina, em fim de carreira, que havia sido acabada de aplaudir pela sua última divina apresentação. Comovida até à alma por tantos e tantos anos entregues à dança, ao ballet, por ver ali terminada uma vida vivida sob um mesmo guião. Que mente tão manhosa tenho eu. Chorei agarrada ao peito, na escuridão do pano que cobria o palco, nem sei bem em honra de que emoção. Mas chorei muito. Creio, à distância do tempo que já passou, que chorei porque nem eu acreditava em mim. Não foi de alívio. Não foi de pânico. Nem de tristeza por ter terminado. Chorei porque, porra, consegui.
Depois corri para o conforto daqueles poucos amigos que puderam ir. E voltei a chorar com eles. Penso que, eles sim, choraram de vergonha. Vá, estou a brincar.
Perdi a foto de grupo com as restantes colegas de ballet, aquelas que têm idade de ser minhas filhas, aquelas que me deram lições geracionais que me julgava indisposta a aprender mas que, afinal, levarei como das mais importantes para a vida. Afinal aquela geração não está assim tão parva e perdida como eu achava ou então é o ballet que faz as pessoas diferentes.
Quando penso em qual foi a coisa mais bonita que fiz por mim, sei que foi aprender ballet.
Sei que muita gente não compreenderá, sei que terei vergonha de o verbalizar se algum dia me o perguntarem mas, pensando apenas para dentro de mim sei, que a coisa mais bonita que fiz por mim, foi aos trinta e quatro anos ter ido aprender ballet.
Gostava de ter estado lá... sinto orgulho em ti!
ResponderEliminarLembrei-me tanto de ti, mas tanto.
EliminarAqueles bastidores antes do espetáculo tinham sido lindíssimos de fotografar.
Imaginei-te ali muitas vezes.
Não fiquei com uma única fotografia para contar a história e sei que era uma história que tu terias contado muito bem.
Saudades tuas.
Que texto inspirador, digo-te já. Obrigada :)
ResponderEliminarNunca pensei que o fosse mas fico tão contente que o seja.
EliminarEu é que agradeço que tenham pachorra para ler tanta coisa minha.
Ao ler este teu texto só me apetece dizer asneiras porque percebo que ele há pessoas fodidas mas fodidas no bom sentido. Que acreditam nelas e que seguem em frente com os seus sonhos, à primeira vista parvos, e atingem o objectivo, nem que seja por força de esfolar joelhos e pés. Parabéns para ti, não te conheço mas leio-te desde sempre e acredito que és muito melhor que aquilo que tu mesma acreditas.
ResponderEliminarApetece-me ainda mais dizer asneiras porque percebo finalmente que há muito tempo não faço nada por mim, não tenho objectivo nenhum que não passe por amar e proteger os meus filhos. Fico fodida porque nos últimos sete anos a única coisa que faço por mim é ser mãe e por muito que adore a profissão acho que chegou a hora de ir aprender ballet ou qualquer outra coisa que me faça esfolar os joelhos e chorar!!
Obrigada pela partilha.
Oh Be, Oh Be...
EliminarÉ mesmo aí que está a questão.
Quantas coisas fazemos por nós, daquelas que nos fazem chorar de tão boas que são?
Às vezes sinto que toco as pessoas mas são coisas ao de leve.
Desta vez, com este comentário, senti que a coisa foi lá mais às entranhas. E espero que tenha ido mesmo.
Eu não tenho filhos, e por isso não julgo o tempo que me sobra nem o tempo que falta aos outros, mas acho que nos temos de resgatar de vez em quando e devemos manter a nossa vida independentemente da vida que partilhamos com os outros.
Espero mesmo que vás para o ballet, em sentido figurado ou não.
Espero que esfoles os joelhos, muito.
Eu andei a exibir os meus o tempo todo ora de saia ora de calções, sem vergonhas, antes pelo contrário.
Espero Be, que olhes para ti com vaidade e encontres qualquer coisa para fazer onde te sintas bem.
Obrigada pelo comentário, que me deixou emocionada.
Caramba, acabo de ler isto completamente emocionada. Emocionada por ti e por mim, orgulhosa e feliz por há alguns anos atrás ter pegado naquela bicicleta e ter-me perdido no meio do monte. Não será tão poético como dançar ballet, mas identifiquei-me com o que escreveste em cada linha, senti-me a super mulher por também eu ter feito uma coisa mesmo bonita por mim. Já passaram anos e eu não consigo imaginar como seria a minha vida sem isto e sem as pessoas que isto me trouxe, já passaram alguns anos e eu continuo a olhar-me com orgulho de cada vez que estou a pedalar, continuo a sentir uma explosão de alegria de cada vez que penso nisto. E tu fizeste desse orgulho e dessa explosão um texto. Um texto que me inspirou, talvez um dia destes eu faça a continuação deste teu post, talvez eu tente explicar a coisa mais bonita que já fiz por mim e porquê. Que post tão lindo, tão doce. Obrigada.
ResponderEliminarE caramba, adoro a Be.
Serás, com certeza, das pessoas que entenderá este texto.
EliminarNão o tinha escrito com intenção de passar a minha emoção para os outros, daí ter deixado passar umas semanas até o fazer, por isso ainda fico mais sensibilizada por mesmo assim vocês a sentirem.
Gostava muito de ver uma continuação deste texto escrito por ti, na tua perspectiva, com a tua experiência. Quem sabe isso não fosse inspirador para as imensas Be's que ainda merecem saber quão bom é esfolar os joelhos.
Obrigada.
http://tambmqueroumblog.blogspot.pt/2015/07/qual-foi-coisa-mais-bonita-que-fizeste.html
EliminarAh, loiraça!
EliminarObrigada pela partilha.
Ir para além de nós por um sonho é, muitas vezes, heróico. Dás-te conta disso? De como foste uma heroína?
ResponderEliminarUm beijo, DC.
De certo modo acho que sim, foi por isso que chorei tanto por trás do pano depois do espectáculo. Agora talvez já sinta algum embaraço mas naquele momento senti a superação de mim mesma. Foi um momento muito bonito de mim comigo, se é que isso existe.
EliminarParabéns!!! Aposto que todos os espectadores estavam mortos de inveja de ti ao contrário do que possas achar. É preciso coragem para fazer diferente. Comecei a praticar Karaté aos 35. Dois anos depois já sou cinto verde. O primeiro treino e a primeira graduação foram dramáticos, mas agora já me sinto quase samurai :). O dojo já é a minha segunda casa.
ResponderEliminarA verdade é que por vezes só precisamos de dar o primeiro passo para acreditarmos que realmente somos capazes. A superação salva almas. Acredito realmente nisto.
Foste uma valente.
Beijinhos
Maria
Txi, uma karateca. Isso já é outro campeonato :)
EliminarMas lá está, o importante é cada um encontrar-se em algo em que lhe faça sentido.
Bjs
Eu acredito piadamente que não há nada mehor que uma "medalha" ganha com o nosso próprio esforço. A adrenalina que se vai depois de termos finalmente conseguido é uma sensação indescritível.
ResponderEliminarParabéns pelo texto, está muito bom, transmite emoções muito bonitas.
Todos devemos a nós próprios alguma forma de ballet...
Obrigada!
EliminarNão sei bem se aquilo foi adrenalina. Acho mesmo que não foi.
Ali 90% do tempo acho que foi um cocktail de medo com vergonha :)
Mas como diz a música: Já passouuuu, já passouuuuuu :)))))
Cheguei aqui através da Loira. Meu Deus, revejo-me em tudo. Comecei aos 44 a fazer Btt...
ResponderEliminarGostei de te conhecer. Beijinho :)
Uau, aos 44 numa Btt!!! Eu nem aos 4.
EliminarSão poucas rodas para mim :)
Obrigada pela visita.
Isto por aqui nem sempre vale a pena mas as portas estão abertas.
Bjs