Não escrever
Dá-me vontade de chorar
Mas chorar
Não me devolveu
A vontade de escrever
A prisão que ergui cá dentro
Não deixa as palavras entrarem
Nem deixa as palavras saírem
A prisão que ergui cá dentro
Aprisionou-me a mim
E quem não consegue evadir-se
Daqui
sou eu
Eu culpo as palavras
Que não voltam
Eu culpo as palavras
Que não saem
Mas na verdade
E eu bem o sei
Sou eu que as temo
Sou eu que às palavras
Não tenho voltado
Matei as palavras
Matei
Está matado
Ninguém mata as coisas que ama.
ResponderEliminarVais a ver e é como andar de bicicleta.
Já Oscar Wilde não diria o mesmo.
EliminarPor vezes temo a minha ignorância.
EliminarTive de ir ver do que é que estavam a falar.
Lá encontrei o poema de Oscar Wilde.
Será que eu já tinha lido aquilo e o meu cérebro foi desencantar uma memória qualquer e afinal ando só a escrever coisas que já li nalgum lado?
Fiquei um bocado deprimida confesso...
Para mais porque enfim, o dele é bom demais, e o que é bom nunca é imitável.
Olha que gaita de beco de emoções em que agora me meti.
As palavras nunca morrem. Simplesmente adormecem e voltam a acordar. Que acordem em breve, são preciosas e fazem muita falta. :)
ResponderEliminarTudo isto é um exercício e se não pratico, perde-se.
EliminarAndo a ler pouco, logo, escrevo menos.
Tenho de meter estes dedinhos a mexer e a cabeça a pensar ou a preguiça apoderar-se-á de mim e as palavras, certo é, não voltarão.