Em que te beijei as faces do bem,
Julgava-te um homem completo,
De carácter aprumado,
Julguei que fosses alguém.
Cantava as horas dos dias,
De pescoço quebrado sorrindo,
De queixo, mãos, a tremer,
Embevecida pela tua pessoa,
Ceguei! Não vi quem devia ter visto.
Ao raiar de cada manhã,
Impelida por tanto amor,
Rodeava-te a cama, a vida,
Exigia-te atenção,
Nunca vi a indiferença, absorvida.
Morri, na solidão.
Morri, na solidão.
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