27.12.16

O que eu aprendi em 2016




[Para começar, aprendi que, apesar deste GIF ser horroroso, há coisas horrorosas das quais, não só, não conseguimos fugir, como até parece sermos atraídos por elas. É o caso.]



- Que vamos dos cem aos zero num minuto. A vida muda, e muda-nos, num minuto.

- Que é possível chorar, sofrer e fingir que está tudo bem, todos os dias. Só para conforto dos outros.

- Que é sempre possível descer mais. Nos níveis de infelicidade e nos valores morais. Por razões diferentes.

- Que fui deixada para trás.

- Que Deus não existe (já desconfiava).

- Que preciso de um padre. Quando mais de seis pessoas te o dizem deves começar a questionar-te.

- Que essa coisa do amor incondicional também não existe. As pessoas fazem as escolhas mais impensáveis e dolorosas quando estão cegas.

- Que as pessoas dizem "eu compreendo" mas não compreendem nada. Nem querem compreender. O que compreendem é uma dor qualquer que procuram dentro de si e querem comparar com a nossa. Ou seja, compreendem a dor delas em algum momento das suas vidas. Não a nossa.

- Que recebemos exactamente na medida em que damos. Podemos pensar que não, que damos tanto e recebemos tão pouco, mas é mentira. O que não atingimos no nosso cérebro é a razão porque não recebemos. É um exame de consciência - mais ainda - a fazer em 2017.

- Que podem ter morrido cento e vinte cinco pessoas notáveis este ano, mas, para mim, morreu apenas uma... ou duas.

- Porque nesse dia também morreu uma Inês que não vai regressar. E eu nem me despedi dela.

- Que, apesar de tudo, nunca me alimentei de ódio. E que, apesar de tudo, gosto de mim por isso.



3 comentários:

  1. <3

    Que 2017 nos traga aquilo que (mais) precisamos.

    BeijOooOOoOOoOO

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    1. Fica-me muito mal dizer que quero que 2017 me traga dinheiro depois disto tudo? :)
      Bjs

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  2. :D

    Eu também quero!...

    Mas pode não ser aquilo que mais precisamos...

    Força nisso. BeijOoooOO

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