Uma mulher prostrada.
O traje preto de mortificação.
O olhar vago no escuro.
A tristeza assombrada.
A vaguidão.
A vaguidão daquela alma.
A vaguidão desta mulher.
As sombras amaldiçoadas.
As outras almas sentidas.
O penar de quem não sabe.
O sentimento oco de quem não sente.
O pesar.
O pesar de quem a olha.
O pesar de quem não tem o que consolar.
O ébano da morte.
O bater de asas de corvos.
As roupas puídas de velho.
As mãos consumidas de sofrimento.
A pele.
A pele negra.
A pele morta.Um caixão triste.
Uma morte esperada.
Um sonho que acabou.
A paixão não consumada.
O agror.
O agror de ter acreditado.
O agror de o sepultar.
O azeviche da noite.
O breu de um rastejar.
O medo de prosseguir.
O horror de quem desistiu de amar.O caminho.
O caminho que perdeu.
O caminho que já não consegue encontrar.
A escuridão dos pensamentos.
As incertezas do fim.
Um fim sem se esperar.
As lágrimas de saudade a rondar.
O negro do sofrer.
O apagar da luz.
O adeus.
O adeus que não se fez.
O amor que não se consumou.
O adeus que não se fez.
O amor que não se consumou.
O adeus que não se fez.
O amor que não se consumou.
"O adeus que não se fez.
ResponderEliminarO amor que não se consumou."
belíssimas palavras... e tão sábias.
Noir, Noir, tout est Noir....
ResponderEliminarLes portugais sont tristes...
Vou até Chicago e já volto
Sem palavras...Muito bom!
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