Não consigo ver a felicidade fingida de ninguém. Aquela felicidade de vou-te-esfregar-na-cara-que-sou-feliz-com-a-vida-básica-que-tenho... ou... vou-te-esfregar-na-cara-que-sou-feliz-com-a-vida-fabulosa-que-tenho-fruto-do-meu-imenso-trabalho.
Não gosto de gente feliz. Gentinha. Gentinha daquela que anda atarefada sem pensar na vida porque quem pára, pensa e quem pensa, deprime. Por isso correm muito e são sempre muito felizes nas suas vidas agitadas de super-mulheres.
Não tenho paciência.
Não me apetece fingir que tenho paciência para gajas felizes a fingir. Daquelas que têm maridos e filhos espectaculares, que nunca lhes deram no focinho nem envergonharam com birras no supermercado. Daquelas que recebem dos filhinhos perfeitos, trabalhos feitos à mão nos dias de Natal e da mãe - com todo o amor de quem se dá ao trabalho de colar umas merdas duns papéis com umas fotografias e um dizeres escritos à mão. Daqueles filhinhos e maridos que dizem sempre "amo-te" antes de deitar, enquanto esfregam os narizes como se por cá fôssemos todos uma cambada de esquimós.
Aflige-me aquelas gajas que se realizam na vida porque pintam as unhas de cores da moda e lhes metem restos de guardanapos por cima para se convencerem que estão lindas. As mesmas que falam de roupas, sapatos, cremes e pensos higiénicos, como falariam das rotas de emigração dos flamingos no ano 3025. Monte de gajas infelizes que mandam com futilidades aos olhos dos outros para nos impingirem que estão realizadas.
Deixem-me que vos diga honestamente... não se esforcem mais.
Deixem-se de cenários pindéricos porque o argumento já é farsola que chegue.
Acham mesmo que alguém acredita que vocês são felizes com os maridos que não vos dão uma pinada há três meses, com os filhos inúteis que não vos acrescentam nada, com o cão que vos caga à porta da cozinha, com o empregozinho onde valem zero, com as roupas feias que envergam e com os mil créditos que vos sufocam para manter um determinado nível de vida?
Acham mesmo que não se nota nas vossas caras e nas vossas palavras que estão irremediavelmente infelizes?
Pois acreditem, nota-se a milhas. Nota-se demasiado que estão mortas para que lhes leiam a vida e vos ouçam os gritos de desespero, enquanto dizem coisas bonitas, positivas e cheias de um amor que não têm. Quando "postam" nos Faces e coisas afins, frases profundas que vos dão vontade de chorar e a mim me dão vontade de rir. Filosofias da treta sobre as amizades e sobre quão fiéis são perto dos mete-nojo que vos rodeiam. Vocês são sempre as maiores! Sempre as que têm melhor moral e melhor conduta. Sai uma taça de bom comportamento para a mesa quatro.
Que me desapareçam da frente as que lutaram imenso na vida para ter tudo. Para serem lindas, ricas, com o melhor emprego do mundo, com o carro topo de gama nas unhas, casas aqui, ali e acolá, e viagens a toda a hora. Que a vida para elas foi um sacrifício pegado mas como lutaram muito enriqueceram em menos de dois meses de trabalho e agora são as mulheres imbatíveis que adoram viver e que rezam todos os dias aos santinhos por serem tão boas e necessárias neste mundo de gente pequena perante a imensidão delas.
Puta que pariu a todas. Que vos dê uma grandessíssima diarreia para terem de levar a mão ao cu mil vezes e se lembrarem que vêm e vão para o mesmo sítio que todos nós.
Dão-me nojo.
Podem chamar-lhe inveja.
Mas se não estou feliz estou de trombas.
E se estou feliz é cá comigo.
Máscaras, só no carnaval.
Que morram as mulheres perfeitas que, bem feitas as contas, hão-de ser só duas ou três.
(Isto não é para nada nem para ninguém. Só queria experimentar ser estúpida. E olhem... até gostei.)
Aflige-me aquelas gajas que se realizam na vida porque pintam as unhas de cores da moda e lhes metem restos de guardanapos por cima para se convencerem que estão lindas. As mesmas que falam de roupas, sapatos, cremes e pensos higiénicos, como falariam das rotas de emigração dos flamingos no ano 3025. Monte de gajas infelizes que mandam com futilidades aos olhos dos outros para nos impingirem que estão realizadas.
Deixem-me que vos diga honestamente... não se esforcem mais.
Deixem-se de cenários pindéricos porque o argumento já é farsola que chegue.
Acham mesmo que alguém acredita que vocês são felizes com os maridos que não vos dão uma pinada há três meses, com os filhos inúteis que não vos acrescentam nada, com o cão que vos caga à porta da cozinha, com o empregozinho onde valem zero, com as roupas feias que envergam e com os mil créditos que vos sufocam para manter um determinado nível de vida?
Acham mesmo que não se nota nas vossas caras e nas vossas palavras que estão irremediavelmente infelizes?
Pois acreditem, nota-se a milhas. Nota-se demasiado que estão mortas para que lhes leiam a vida e vos ouçam os gritos de desespero, enquanto dizem coisas bonitas, positivas e cheias de um amor que não têm. Quando "postam" nos Faces e coisas afins, frases profundas que vos dão vontade de chorar e a mim me dão vontade de rir. Filosofias da treta sobre as amizades e sobre quão fiéis são perto dos mete-nojo que vos rodeiam. Vocês são sempre as maiores! Sempre as que têm melhor moral e melhor conduta. Sai uma taça de bom comportamento para a mesa quatro.
Que me desapareçam da frente as que lutaram imenso na vida para ter tudo. Para serem lindas, ricas, com o melhor emprego do mundo, com o carro topo de gama nas unhas, casas aqui, ali e acolá, e viagens a toda a hora. Que a vida para elas foi um sacrifício pegado mas como lutaram muito enriqueceram em menos de dois meses de trabalho e agora são as mulheres imbatíveis que adoram viver e que rezam todos os dias aos santinhos por serem tão boas e necessárias neste mundo de gente pequena perante a imensidão delas.
Puta que pariu a todas. Que vos dê uma grandessíssima diarreia para terem de levar a mão ao cu mil vezes e se lembrarem que vêm e vão para o mesmo sítio que todos nós.
Dão-me nojo.
Podem chamar-lhe inveja.
Mas se não estou feliz estou de trombas.
E se estou feliz é cá comigo.
Máscaras, só no carnaval.
Que morram as mulheres perfeitas que, bem feitas as contas, hão-de ser só duas ou três.
(Isto não é para nada nem para ninguém. Só queria experimentar ser estúpida. E olhem... até gostei.)
Ahaha estúpida ou não, não deixas de ter razão em muitos pontos...
ResponderEliminarFaz de conta que sou feliz... Retrato de muitas mas também de muitos. Já houve tempos em que era exclusivo das mulheres.
ResponderEliminarBota fogo e deixa arder!!!
ResponderEliminarA felicidade nunca foi um estado de alma proporcionado pelas contingências da vida.
ResponderEliminarMorram as falsas felicidades, morram. Pim.
ResponderEliminarJá leste o manifesto anti-dantas? Acho que ias gostar!
Não estava a perceber o Pim mas, entretanto, percebi porque, entretanto, fui ler o manifesto.
EliminarNão conhecia.
Obrigada pela dica.
Não conhecias o Manifesto Anti-Dantas? Imperdoável. Até me custa a acreditar nisso, sinceramente.
ResponderEliminarQuanto às felicidades: é na mouche, quando escreves "porque quem pára, pensa e quem pensa, deprime".
Há malta viciada em "felicidade" que normalmente é a mesma malta que leva uma vida recheada de coisas, novas, brilhantes, fantásticas. E créditos. Muitos créditos.
Se parassem para pensar...
E já agora os homens também! Pessoalmente não gosto de discriminações!
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