2.1.17

Apenas uma resolução de ano novo

não consegui encontrar outra imagem com o número um...


Todos os anos começo este blog com uma lista de resoluções.
Este ano vou-vos poupar e vou-me poupar, porque só há uma coisa que tenho a certeza que devo fazer, que devo cumprir, que devo levar avante custe o que custar. Uma coisa: desistir das pessoas.

É isso mesmo. Para mim 2016 foi do mais insuportável que podia haver ao nível das pessoas, pelas mais variadíssimas razões.
(Ter feito obras em casa que deveriam ter demorado 3 meses e já vão em 6 convenhamos que contribuiu muito para a perda de fé na palavra das pessoas. Sim, senhores trolhas, carpinteiros, serralheiros, canalizadores, electricistas e tudo, e tudo, e tudo... isto é para vocês).

Aquela coisa maravilhosa que se chama "falta de palavra" ou de seriedade, ou de noção de compromisso, ou de honestidade, ou de verdade, ou de... ufa, tanta coisa mais, está tão agarrado ao ser humano que é impossível lutar contra isto. É impossível, sequer, tentar conviver e aceitar isto. Portanto, para não ir gastar muito dinheiro este ano em cremes anti-idade (bonito. nunca pensei dizer isto um dia) em tinta para o cabelo (algum dia há-de ser) e antidepressivos (em 2016 experimentei Valium pela primeira vez e não deixou saudades mas... quem sabe?...) foi de meu entendimento que o melhor, talvez mais fácil mesmo, e não me vou fazer melhor que aquilo que sou: é desistir das pessoas.

Ninguém foi capaz de se comprometer comigo com nada. Ninguém foi capaz, em momentos de adversidade, de conversar. Sim, conversar. Honesta e francamente. Parece que houve uma espécie de monda química lançada aos seres humanos e, de repente, conversar é a coisa mais difícil do mundo. As pessoas escondem-se atrás de telemóveis, de computadores, de terceiros, de desculpas, de o raio que os parta, mas parece que se perdeu a capacidade de usar as palavras usando a boca e a cara. E eu continuo a ser uma pessoa muito física. É uma merda, eu sei.

A minha quota parte de culpa nisto? Claro que existe. Pavio curto, paciência no zero, e filtro queimado. Não parecendo, esta combinação é uma merda para o convívio com os outros. Uma pessoa que está sem tolerância nenhuma, no limite da sua sanidade e que, a somar, não mede o que diz, isto dá uma caldeirada do mais azedo que há.
Ainda assim, mantenho a minha única resolução: desistir das pessoas.

[Mas só depois de amanhã que ainda tenho de ligar ao empreiteiro... gaita.]



2 comentários:

  1. Isso já fiz em 2016: desistir e deixar de acreditar nas pessoas. Para 2017 só quero comprar uma bicicleta. E juntar os trocos para passar um mês em Bali (as férias já comecei a acumular, os trocos é que nem tanto). O resto é deixar acontecer.

    Um bom ano DC ;)

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  2. Como eu compreendo...já passei por isso. A desilusão apodera-se de nós, o ser humano é falso...e quando eu digo que gosto mais dos animais, ficam a olhar para mim como se fosse "choné".
    Há que afastar as energias negativas e estarmos rodeados de pessoas positivas. Sim, ainda se encontram algumas...Força e tente não enveredar pelo caminho da medicação.

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