Nas horas do Tejo
No tempo em que nadávamos no Tejo,
Nus,
De alma e de pudores,
Os dedos tocavam a pele,
Na espera dos dias,
Na esperança de encontrar,
A terra desconhecida.
Naqueles dias de desejos,
De incautos olhares,
Tínhamos corpos ofegantes.
As pernas tremiam de insensatez,
As coxas apertavam-se
Desejavam-se,
Molhadas pelo Tejo,
Ardidas pelo amor.
Naquele dia em que nos deflorámos,
Com o Tejo a testemunhar,
Guardámos as horas nele amadas,
Escrevemos recordações,
Acabámos por nos apartar.
Perdoámos o desamor,
O amor que naquelas margens ficou,
As memórias que não foram guardadas.
O Tejo não mais o nosso amor testemunhou.
Saudades do tempo em que nadava no Tejo!
ResponderEliminarBj
Teremos, por um acaso, nadado juntos?
EliminarPois eu nadava em Valada!
EliminarBem me parecia. Senti qualquer coisa no ar. Eu nadava ali perto, no Porto da Courela.
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