13.3.12

E tu? Viveste?




Nunca te aconteceu? Nunca te aconteceu morreres de amores? Viveres apaixonado? Sentires tudo intensamente? Viveres com o coração na boca? Viveres com o coração fora do peito? Exposto às facadas, às euforias e às agressões? Nunca ficaste sem respirar porque o ar não te chegava? Porque o ar gelou com as palpitações intensas? Nunca sentiste aquele nervoso que te dá formigueiro na ponta dos dedos? E nos lábios? Nunca sentiste os lábios tremerem de paixão? Nunca sentiste os lábios secos de ansiedade? E as mãos adormecidas? Nunca sentiste que as mãos se iam descolar dos pulsos, por o ritmo ser diferente? E geladas? Ou a arder? Sim, já sentiste as mãos geladas ou em brasa até fazerem doer? Já sentistes as mãos e as orelhas destemperadas? E a barriga em convulsões? Já tiveste? E o estômago revolto e com palpitações? Nunca sentiste aquela embriaguez que chega aos olhos? Aquela que deixa os olhos turvos quando sente mais emoções? Nunca ouviste coisas que não diziam apenas porque querias muito ouvi-las? Sabes o que é ouvir “amo-te” da boca de outra pessoa? Sabes? Sabes o bom que é? Sabes o bem que sabe? Sabes o bem que faz? Sabes a vida que nos dá?

Nunca o sentiste? Nunca te aconteceu? Nunca o tiveste? Nunca o experimentaste? Nunca to deram? Não?

Foda-se! Então não viveste.




7 comentários:

  1. Pronto pá, chega de bater no ceguinho! =P
    Acho engraçado que grande parte das tuas descrições de possam também enquadrar em sintomas de distúrbios neurológicos ou hipertiroidismo.

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    1. Qual ceguinho? Não bato em gente indefesa... pá! ;)
      E não percebi se com essa conversa me achas maluquinha ou doente.

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    2. Bates um bocadinho. Há diferentes formas de amar e nem toda a gente ama da mesma forma ou com os mesmos "sintomas".
      E por agora não te acho uma nem outra. Pelo menos não completamente. (e distúrbios neurológicos não têm necessariamente a ver com "maluquices", Parkinson é um distúrbio neurológico).

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  2. O poeta chama-lhe FERIDA QUE DÓI E NÃO SE SENTE! o problema são as feridas abertas por aqueles que sabem O MAL QUE FAZ! E não saram.

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  3. Aos 38 anos estou a viver! E é tudo conforme escreveste.E é tão bom sentir-me VIVA!bj

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