No dia em que te abandonei,
Tinham morrido em mim todas as esperanças,
Todos os prazos adiados.
Tinham-se findado as expectativas de mudança.
Não tinha mais fé em ti.
No dia em que te abandonei,
Tinhas desistido de me fazer viver.
Abandonei-te por me teres abandonado a mim.
Nesse dia não mais chorei.
Tinhas desistido de me fazer viver.
Abandonei-te por me teres abandonado a mim.
Nesse dia não mais chorei.
Desisti de me debater.
Não sobrevivi.
Não sobrevivi.
No dia em que te abandonei,
Já tu me tinhas deixado.
Há muito tempo me tinhas deixado.
Já eu não apaixonava recordações.
Há muito tempo me tinhas deixado.
Já eu não apaixonava recordações.
Havias-me largado numa vala profunda de solidão,
Presa entre penhascos e ermos nublados,
Deixaste-me sozinha e infeliz.
Também tu não mais sorriste.
Quiseste tarde lutar por mim.
Também tu não mais sorriste.
Quiseste tarde lutar por mim.
No dia em que te abandonei,
Relutante em te largar,
Chorei sem lágrimas nem dor.
Abandonei-te no limite da desesperança.
Esperava que no teu próprio desalento lutasses,
Que reconheces que não existes sem mim.
Que contra a minha própria vontade desisti.
Esperava-te ver como salvador.
No dia em que te abandonei morri por dentro.
Sei que nesse dia também morri para ti.
Esperava que no teu próprio desalento lutasses,
Que reconheces que não existes sem mim.
Que contra a minha própria vontade desisti.
Esperava-te ver como salvador.
No dia em que te abandonei morri por dentro.
Sei que nesse dia também morri para ti.
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