25.3.14

Todos os dedos. Uma palavra.



[Quando uma palavra muda tudo]



Nesta mesma zona onde agora passas os teus dedos já passaram muitos outros.
De homens. De mulheres. Os meus. 
Os teus vieram depois.
Mas foram os melhores.
Talvez não o saibas.
Culpas-te demasiado.
Mas nem de todos vieram afectos.
Alguns, muitos, estavam possuídos de maldade.
De impulsos canalhas.
Desses esqueci-lhes a cara. Os dedos.
Mas ainda lhes lembro o cheiro.
A minha náusea.
Na minha mente, amputei-lhes as mãos.
Odiosos.
Mas outros houve de amor.
Sim, também houve amor.
Alegra-te por isso.
Sentir-me-ás menos amarga.
Agradecerás a quem me soube tocar com ternura.
Prepararam-me, de alguma forma, para te receber sem amargura.
Para te reconhecer o toque doce.
Para te dar também os meus dedos a tocar.



Nesta mesma vida onde agora passas os teus dedos já passaram muitos outros.
De homens. De mulheres. Os meus. 
Os teus vieram depois.
Mas foram os melhores.
Talvez não o saibas.
Culpas-te demasiado.
Mas nem de todos vieram afectos.
Alguns, muitos, estavam possuídos de maldade.
De impulsos canalhas.
Desses esqueci-lhes a cara. Os dedos.
Mas ainda lhes lembro o cheiro.
A minha náusea.
Na minha mente, amputei-lhes as mãos.
Odiosos.
Mas outros houve de amor.
Sim, também houve amor.
Alegra-te por isso.
Sentir-me-ás menos amarga.
Agradecerás a quem me soube tocar com ternura.
Prepararam-me, de alguma forma, para te receber sem amargura.
Para te reconhecer o toque doce.
Para te dar também os meus dedos a tocar.



Nesta mesma cona onde agora passas os teus dedos já passaram muitos outros.
De homens. De mulheres. Os meus. 
Os teus vieram depois.
Mas foram os melhores.
Talvez não o saibas.
Culpas-te demasiado.
Mas nem de todos vieram afectos.
Alguns, muitos, estavam possuídos de maldade.
De impulsos canalhas.
Desses esqueci-lhes a cara. Os dedos.
Mas ainda lhes lembro o cheiro.
A minha náusea.
Na minha mente, amputei-lhes as mãos.
Odiosos.
Mas outros houve de amor.
Sim, também houve amor.
Alegra-te por isso.
Sentir-me-ás menos amarga.
Agradecerás a quem me soube tocar com ternura.
Prepararam-me, de alguma forma, para te receber sem amargura.
Para te reconhecer o toque doce.
Para te dar também os meus dedos a tocar.


O que é que tinham pensado?



3 comentários:

  1. De inicio veio-me a máxima shakespeareana de que fraco é o cozinheiro que não pode lamber os seus próprios dedos mas, logo derivei para o pensamento freudiano de que se a boca cala falam os dedos. Afinal, não.

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